Alguns textos interessantes para fantasia medieval

Saudações, cupinchas! Estive em retiro nos últimos dias resolvendo alguns problemas, e pode ser que nesse mês o bar fique meio vazio (as pessoas estão celebrando o fim de ano com cidra em casa, goddammit), mas eventualmente trarei algo para vossas senhorias.
Esta semana, nos raros períodos ociosos, me deparei com um ou dois textos bacanas sobre aspectos da idade média, período histórico que a maioria de nós se baseia para criar seus universos fantasiosos. 
Daí, na mesma vibe do post sobre profissões antigas, compartilharei esses e outros artigos que porventura possam ajudar os senhores bacharéis a melhorarem seus jogos.
Quando escrevo sobre verossimilhança, não quero que todos deixem seus jogos realistas. Apenas passo minha experiência pra quem quer deixar sua fantasia mais concisa, afinal é preciso pesquisar para criar o seu próprio modo de ver o mundo com alguma base. 
Por exemplo, George R. R. Martin usa títulos de nobreza diferenciados (lorde, rei, septão, sor/ser, meistre), mas nós realmente sentimos que são títulos, porque possuem uma base conscisa por trás.

Draco Blog – Títulos de nobreza, modo de usar

Excelente estudo de Antonio Luiz M. C. Costa sobre títulos de nobreza da idade média até hoje, incluindo formas corretas e errôneas de se referir, pronomes de tratamento e uma explicação detalhada – mas sem ser chata – de cada título, incluindo sua criação e função original. Vale muito a pena dedicar alguns minutos lendo o post, principalmente pelas curiosidades. Você sabia que o filho de um duque não é um duquinho? Pois é.
Às vezes, detalhes e minúcias de uma sociedade real (no caso da idade média) nos permitem dar um toque especial e facilitar a imersão dos jogadores em uma ambientação. Sabe a política e economia de Star Wars? Tem uma grande inspiração em Roma e outras sociedades da antiguidade. Este texto traz muito material interessante sobre a sociedade medieval, uma pesquisa já mastigadinha para o narrador preguiçoso ou sem tempo (embora pesquisar seja sempre uma atividade recomendada!).
Post já antiguinho do sócio Mr. Pop, mas que sempre será indicável. Aproveitando de sua profissão advogado/capeta, escreveu um guia muito útil para quem quiser aprimorar ou criar os sistemas de leis das suas ambientações. Vai me dizer que nunca ficou confuso sobre tribunais, leis e etc? Nem sempre tudo se resolve enfiando uma espada no bucho do dragão.
Vários – Heráldica
Eu sou fascinado por heráldica, apesar de entender bem menos do que gostaria. Nada é mais emblemático para um cenário do que cotas de armas, símbolos e brasões bem desenvolvidos, com história por trás. Um brasão pode ser explicado por uma campanha inteira, e poucas cenas são mais emblemáticas (tendeu? Tendeu?) que uma muralha ou exército cheio de estandartes.
Como artigo mais básico, indico a entrada sobre heráldica da Wikipédia. Apesar desta enciclopédia não ser academicamente confiável, tem informações que servem belezinha para casos como os nossos, onde só detalhamos uma ambientação mais ou menos caseira.
Se quiser se aprofundar mesmo na parada, recomendo o fantástico curso de heráldica da Confraria de Arton. Ainda não está completo, mas tem muito material bacana sobre o assunto.
Indico ainda o excelente post sobre heráldica do ilustrador Danilo Martins, que por ser específico de Tormenta, já é bem adaptado para cenários de fantasia.
Por fim, o Rolando 20 indica um programinha na internet para criar o seu próprio brasão de armas, e assim você nem precisa desenhar para ter brasões na campanha.
Bem, é isso. Espero ter ajudado!
Imagem: Nat Jones.

5 comentários em “Alguns textos interessantes para fantasia medieval

  1. Ótimas dicas Dan, todas devidamente anotadas, principalemnte sobre o desfecho falando de Heráldica que torna nosso GoT tão váriado em culturas, modos e mios de se enxergar esse mundo de Fantasia criado por R R Martin.

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