Moonfest, o atrasadíssimo reporte

Olá amigos! Estou ausente do blog nesta semana graças ao excesso de trabalho, e sei que este reporte está muuuuito atrasado, mas era um dever moral escrever sobre a Moonfest.

Quando o RPGcon foi cancelado, nós das editoras entramos em parafuso. Na lista de discussão do Old Dragon, ninguém queria cancelar a passagem porque todo mundo estava a fim de se encontrar e bagunçar em Sampa. Aí começamos a marcar um encontro da galera, e nós três (eu, o Mr. Pop e o Neme) resolvemos fazer algo que parecesse um evento, ao menos para os chegados. Então o João da Moonshadows Livraria disse que já queria organizar eventos, e aí nos juntamos, chamamos os parceiros das editoras (Pinnacolo, Secular, Retropunk e Coisinha Verde) e fizemos uma mega-operação de guerra para realizar a Moonfest, um evento de um só dia com cara de reunião de amigos. E deu super certo!

Então, eu e a patroa Elisa pegamos o aerobuzão e, depois de muita correria (na semana, aqui em Jampa; na sexta, em Sampa), abrimos as portas da Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil, na Vila Mariana, e 350 pagantes entraram feito malucos, comprando nos estantes e jogando RPG como nunca vi antes num evento. O evento foi sediado em duas áreas, num salão de kendo no térreo – onde ficaram mesas, estandes e área de alimentação – e um salão no 2º andar onde rolou a palestra das editoras, cardgames e venda de minis (que BTW eu perdi, não comprei nenhuma mini e só consegui dados porque o Thiago Edwardo da editora Unza me vendeu algumas sobras e me presenteou com 3d6 simpáticos :D). 

Nosso estande

As mesas fervilharam, a ponto de a gente impor um horário de término para rolar rodízio. Os três estandes (Redbox, Moonshadows e Retropunk) venderam muito bem, juntando com o sucesso da FRI (Feira de RPG Independente), que contou com gente de alto calibre como Secular, Unza, Flying Ape e outros. Muita gente saiu muito satisfeita dali, depois de comprar ótimos produtos, bater papo com autores e o pessoal das editoras, e se divertir com algumas curiosidades como o “pesque o dado com hashi” da Flying  Ape. Fora isto tivemos a tão esperada palestra das editoras, com o Guilherme Moraes da Retropunk fazendo a piada do ano (“O RPG morreu, vida longa ao RPG!”), todos anunciando uma enxurrada de lançamentos: Savage Worlds, O Reino de Bundhamidão, Little Fears, POI (o jogo fodão do meu amigo Leandro Abraão!), Beat’em Up, Dungeon World, Maldita Criatura (do broder Phil Souza), Bestiário do Old Dragon (vai ser phoda viu galera, chique todo, aguardem), Legião RPG, Shotgun Diaries Luxo Na Gringa, BLOOD & HONOR (simmmmm maluco, esse jogo é PHODA!), etc. Saiba bem mais na cobertura jornalística do colega Talude, no RPG News.

Eu e o Rafael Beltrame (autor de O Forte das Terras Marginais) mestramos o I Campeonato de Old Dragon PVP Arena, onde dois grupos de jogadores enfrentavam cada um uma dungeon, para no final competir por um artefato chamado Máscara dos Sussurros, roubado por drows. Meu grupo, quatro heróis de nível 8 e 9, foram bem inteligentes em suas saídas (escapando de monstros gigantes, fazendo planos para prosperar) e chegaram até o fim da aventura, mas os três personagens de 10º nível do Beltra não conseguiram, sendo derrotados por um… rio (conta essa história direito aí, galera!). O mais legal é ver como a cultura do pessoal é diferente. Todos jogam empolgados, interpretam, não choram (muito) e a gente vê muita animação e jogos diferentes nas mesas, de Fiasco a jogos autorais como United Earth Defense. Além das mesas, rolaram nada menos que 25 sorteios de jogos, livros, camisetas e tudo mais, incluindo alguns prêmios somente para os narradores de RPG!
Minha mesa de Old Dragon

Por fim, saindo do evento, juntamos toda a galera para ir ser assaltado numa cantina italiana no Bexiga MUITO DA FULEIRA, caríssima e ruim. Mas fomos compensados no dia seguinte, num chinês na Liberdade onde a diversão foi total (ah, aquela lula frita…). O melhor de tudo, além do sucesso total do evento, foi conhecer ou reencontrar os broders internéticos, como meu sócio Antonio Mr. Pop Sá e sua esposa Calliandra (o Fabiano Neme arregou de última hora ¬¬), Rafael Beltrame (um dos caras mais legais que conheço), nosso eterno Shingo “Felipe” Watanabe e sua respectiva Veronica), Felipe PEP e Diogo Nogueira (que jogaram comigo na Arena), Guilherme Nascimento e sua namorada Adriana, Igor Sartorato e sua esposa Daiane, Igor Moreno (e sua indefectível trancinha jedi), Thiago Edwardo (que na verdade é um ciborgue festeiro – só os fortes entenderão), Guilherme Moraes, Wallace Garradini (como sempre cuspindo maribondos), Gilvan Gouveia, Rafael Rocha, Eduardo Caetano e alguns outros que minha memória horrenda não me deixa lembrar agora. Faltou encontrar o melequento Rey Ooze (seu puto!), Phil Souza e outros companheiros.

Agradeço a todos pela ajuda, divulgação, presença, atenção, amizade, paciência e beijinhos no cangote (viu Shingo?). Saímos todos satisfeitos de São Paulo, com inúmeros e ambiciosos planos para ano que vem. Vocês não perdem por esperar!

PS: confiram aqui uma galeria com um monte de fotos do evento, tiradas por mim e vários amigos!

11 comentários em “Moonfest, o atrasadíssimo reporte

  1. Grande Dan Ramos, parabéns pelo report e as fotos. Ficou tudo show de bola! :)

    Obrigado por linkar o UED! Muito feliz pela repercussão do jogo.

    Gostaria de Lembrar que a Secular também pretende lançar “O Jogo” no ano que vem!

    Abraço!

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  2. Mais uma vez muito obrigado! Pena eu ter conseguido no máximo apertar tua mão, pois era muita gente pra trocar ideia… Tem uns que eu falo pela internet que agora pelas fotos é que eu to descobrindo quem são hehehehe

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  3. tava tudo muito bom!
    fiquei com saudades do pessoal, mas agora ja consigo ler as postagens e emails de cada um com sua propria voz, heheh.

    a aventura do meu grupo tinha um rio mortal. talvez mais mortal q um dragao! se nao passasse em dois (eram 3) testes de FOR, vc era levado e morria. A ladra (Daiane “INapta”)nao teve vez, e morreu sendo levada pela correnteza. Dois wyverns fizeram um bom estrago no anão guerreiro (Igor Corvus) , mesmo q esse tenha tirado danos cavales, e ainda, mesmo senso auxiliado pelas magias do clerigo caotico (Thiago Righetti). Foi muito divertido, mas a falta de um mago fez toda a diferença!

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  4. Foi muito bom, excelente mesmo. Fiquei felicíssima de conhecer todos pessoalmente, pena que muita gente passou batida pra mim. E espero que apesar das vergonhas que te fiz passa você me leve ano que vem. =)

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  5. Na boa, sou do tempo que os eventos em Sampa aconteciam no Mart Center, e eram verdadeiros formigueiros. Era legal, mas honestamente, metade da galera que ia lá, era por modinha ou então por que juntavam os amigos, mas não eram todos que iam pra jogar ou que realmente gostavam do Hobie, vendo as fotos, e vendo esta resenha ( e outras também pra saber melhor ) pude perceber que quem teve a chance de ir foi pra jogar e se divertir, consumir os produtos das editoras, o que dá prestígio ao RPG nacional também. Isso é muito válido, e creio que nos próximos o número aumente um pouco. Que este aumento seja proporcional a diversão que o evento proporcione !!! Felicidades amigos RPGistas !

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